terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Lindos olhos...




Lindos Olhos...

Ainda que a página permaneça branca, há palavras nela.
Palavras que anseiam tua presença.
Presença máscula e sensual.
Os signos se projetam em nossos olhos, cada gesto está bem definido.
Tem que estar atento ao amor que aflora e se faz presente.
Em pequenos gestos somos flagrados.
O homem transcede e anda neste caminho sentindo estar em rotação.
Um meio dia noturno. Tudo se transforma e nada é como desejamos.
Como na magia da escrita, as palavras negras marcam estas páginas brancas.
Assim é a impressão que deixa em minha alma reluzente de amor.
No silêncio da sua voz, o desejo se faz presente.
Assim a poesia entra pelos olhos e no balançar dos meus cabelos ao vento ela inicia formando uma imagem fantasiosa e sensual.
Entra em mim com teu olhar, desnuda meu corpo quando seus olhos pousam nos meus.
Sorrio maliciosamente.
O verbo querer ganha força nesta luta amorosa.
Um apetite voraz e insaciável.
O desaparecimento da imagem engrandece o poeta com seus desejos.
Os olhos se fecham e só resta a imagem guardada pelo sentimento.
Dos sabores guardados.
De alma para alma.
Algo nos une. Sobrenatural.
Tantos desencontros...  E o sentimento ainda está pulsando, está vivo, ousado e quente.
Está vivo em sua essência mais devastadora e sensual.
Nas secretas palavras e nos carinhos sussurrados nos momentos de intenso amor.
Cada encontro, uma nova história. Beijos roubados.
Momentos secretos nestas vidas que transbordam um amor além das expectativas.
Não há o que esperar.
Há uma intensa paixão nestes olhos que me olham sorrindo.
Me assusta a cor vibrante deles! Eles ficam em mim...
As almas se temperam e ganham um novo sabor a cada toque.
E que sabor!!!
E nesta mistura eu permaneço em ti... Bem ousada.
Eu estou tão em ti. Apaixonadamente em ti.

Simone Leite Gava





quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Uma chuva turbulenta de amor...



Uma chuva turbulenta de amor...


Ontem enquanto olhava a chuva caindo no jardim, fechei meus olhos e fui...
Fui mansamente te visitar.
Senti que a viagem seria bem turbulenta e de fortes emoções como a chuva fresca que caia.
Ouvi a voz do meu coração te chamando entre ventos e trovoadas.
Ele queria sorrir para este menino moço que passa por mim rapidamente.
Clamava como relâmpagos seu nome.
Sentia todo o tremor em meu corpo já sentindo o desejo fluindo em meu corpo sedento.
Minhas mãos percorriam caminhos que as tuas já haviam repousado.
Laços misteriosos nos uniam enquanto a chuva exalava seu perfume sedutor.
Meu corpo arrepiava com o ar úmido que chegava até o meu corpo quente.
Meus pensamentos de intensa saudade registravam o prazer que seu corpo tinha deixado.
Nesta chuva intensa eu te via.
Selvagem e intenso.
Tudo muito natural e prazeroso.
Avivando-me em tuas tempestades amorosas.
Explodindo em seu prazer exuberante.
Corri até a chuva e senti todo o frio da solidão.
A água escorria no meu rosto e as lágrimas já fazia parte de toda a tempestade.
Eu sentia a tua falta!
Meu corpo tremia de frio e abandono.
Ah! Teu nome...
Eu gritava.
Eu te queria.
Eu me entregava.
Eu vi em meus pensamentos a cor dos teus olhos...
Via o rio neles... Uma água já mansa.
Fui acalmando, você estava ali.
Você era a chuva em mim.
Ergui os braços e te recebi enlouquecida de amor.


Simone Leite Gava

domingo, 6 de janeiro de 2013

Florescerá

Florescerá!

Perdi a paz!
Meu pobre coração solitário caminha por esta estrada turbulenta de emoções.
Estou viúva de sentimentos...
O que é o amor se não for para compartilhar?
Corações egoístas.
Esta dor transforma minha língua e espadas afiadas.
Volte paz, necessito de ti.
Sei que sempre germinam sementes de amor do inesperado.
As mãos se ausentam das minhas.
Encontro-me sentada na estrada.
Olho adiante e nada vejo.
Olho novamente e me vejo ainda criança, não aprendi nada, quero estar sozinha.
Sorrio; tudo me parece tão novo, mas há tempo para caminhar.
Trilhas que só sustentam um passante, eu sigo por esta trilha.
Ainda me seguro em braços espirituais que me sustentam neste momento de solidão e rompimento.
Digo não a esta infantilidade e egoísmo.
Preciso de cuidados e me fecho em uma defesa necessária e silenciosa.
Meus passos começam a se firmar.
A ausência me faz refletir o que me era necessário e prazeroso.
Eu não senti falta...
Lutei para ficar, chorei...
Eu já tinha ido embora.
Agora tudo passou.
Há um vazio confortável, a paz começa a dominar minha mente ansiosa.
Encontrei meu refúgio.
Ficarei por aqui por enquanto.
A rejeição cicatriza e se torna sem dor.
Há uma vida dentro de mim, um pequeno broto.
Ela florescerá no momento certo.
Florirei para a minha alma, e encherei minha vida com flores perfumadas da minha essência.
 Ela ainda perfuma e é suave como um sono tranquilo.
A paz... Te anseio... Durmo mansamente neste jardim...

Simone Leite Gava